Assaltos, sequestros, golpes. De longe o que mais assusta é o crime sexual. Se há tanta liberdade, porque ainda ocorre?
Se refletirmos quanto ao ser humano de maneira tridimensional, parte espírito, parte alma e parte animal, talvez algumas respostas venham à tona para justificar – se é que seja possível – algumas atrocidades modernas.
Nunca em toda a história da humanidade a liberdade foi usada de maneira tão leviana. A internet, que bem usada só enriquece e diverte, é o grande portal de acesso a imagens e sons pornográficos, erotismo que pode ser absorvido por horas seguidas. Tal conteúdo alimenta o lado instintivo humano, de sensações e desejos, olhar sem ser olhado, o proibido acessível a qualquer um, inclusive crianças. Uma “overdose” desse conteúdo trará conseqüências como uma má interpretação do amor, o ato sexual enquanto produto e a sensualidade de tudo que se vê; a mente voltará ao prisma animalesco.
“Não porei coisa torpe diante dos meus olhos;” (Salmo 101:3-A)
Una ao mau hábito de absorver pornografia à ingestão de álcool, que entorpece e dá ao usuário a sensação de que tudo está bem, em perfeita harmonia e que ele é a pessoa mais esperta e “descolada” da face da terra. Para o alcoólatra o melhor lugar do mundo é próximo ao copo, pois lá ele resume seu objetivo em mais uma dose. Um calabouço com decoração colorida.
“De quem são os ais? De quem as tristezas? E as brigas, de quem são? E os ferimentos desnecessários? De quem são os olhos vermelhos?
Dos que se demoram bebendo vinho, dos que andam à procura de bebida misturada.” (Provérbios 23:29-30)
E para completar, se utilizando das muitas “brechas”, vem a influência espiritual que tem o domínio sobre a vida, dado pelo próprio indivíduo ao criar a aliança permissiva onde o foco está em satisfazer-se a qualquer preço.
Ao misturar pornografia com uma rotina de drogas – lícitas ou não – e dando legalidade às hostes espirituais do mal, o homem transforma-se numa panela de pressão, capaz de causar dano não só ao próximo como a si mesmo, sem reflexão, sem controle...apenas instinto.
“Seus olhos verão coisas estranhas, e sua mente imaginará coisas distorcidas. Você será como quem dorme no meio do mar, como quem se deita no alto das cordas do mastro.” (Provérbios 23:33-34)
Por isso, a bíblia é tão clara ao aconselhar o cuidado ao escolher aquilo que está diante dos olhos, o que ingerimos, mas principalmente, com o que ocupamos nossa mente. O corpo, quando bem cuidado, é um receptor muito aguçado, que junto à oração é capaz de discernir o bem do mau, a mentira da Verdade. E ao ignorar tais peculiaridades, o homem corre o risco de voltar a ser o que era no início: um animal irracional.
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